21 April 2011

Baking while waiting



Com esta coisa de ficar em casa à espera que se me rebentem as águas, estou a descobrir que poderia ser feliz no ramo da pastelaria. (Especialmente se pudesse fazer as tartes e os bolos ao som de música como a que se segue). E eu até sei que isto não vos interessa absolutamente nada mas o blog é meu...

Fat Freddy's Drop, Roady

Sim, mana Rosa, eu sei que devia comer maçãs... a tarte era de maçã, vá...

19 April 2011

The bad guys are here

A vista da minha varanda era assim:




Mas agora vieram os maus:


E onde se ouvia apenas piu-piu, agora ouve-se o motor de um tractor. E os coelhinhos fugiram todos...

E se calhar a vista da minha varanda vai passar a ser assim:


E eu vou ficar triste e muito resmungona.


15 April 2011

Dogs



Tenho medo de cães, não é que não goste de cães, não é receio ou respeito, é mesmo medo, medinho, muito medo, pavor, fobia. Esta condição está cada vez pior e agora que tenho uma pancinha ainda me assusto mais porque sinto que, se precisar de fugir, não terei a mesma facilidade que teria em condições normais. As pessoas que me aturam irritam-se e berram comigo e desconfio que chegam a ter vergonha de ir ao meu lado na rua. É ridículo, eu sei. Já cheguei a correr para dentro de um restaurante as berros "Vem aí um cão!!!" como quem grita "Fogo!"... Já subi para o celim de uma bicicleta para fugir do alcance de um cão minúsculo, já percorri largos quilómetros para evitar muitos cães. Vou comprar pão de carro porque tenho medo de ter um encontro directo com um cão grande e saltitão. Os saltitões são os que mais me assustam...

Mas ontem fiquei estática e em silêncio. Acho que estava em choque. Nesta terrinha onde vivo, vi um homem com um atraso mental a "passear" uma cadela bestalhuda, arraçada de Pit Bull. O tal homem era magro e parvo e a cadela é que o passeava a ele. Pior, ela tinha um olhar louco e desesperado de quem já comia uma pernoca rechonchuda. Apareceu outro cão abestalhado, à solta, e começou aos saltos e a ladrar para a besta cadela. O magro dono, já cansado, resolve largar a besta. Havia um jardinzito mesmo ali ao lado mas ele achou melhor soltar o animal ao pé de uma esplanada onde estavam imensas pessoas, incluíndo crianças e eu!!! As bestas desataram a correr uma atrás da outra como se não saíssem à rua há meses. Ladravam e saltavam e corriam e eu bloqueei. Acho que o sangue deixou de circular e fiquei parada a tentar respirar apenas. Não me lembro se foi minha iniciativa ou se fui empurrada mas entrei para dentro do café. O dono entrou também e as bestas foram a correr atrás dele. Lembro-me de estar de costas para a parede e de sentir as bestas a arfar atrás de mim, uma delas tocou-me na perna rechonchuda. Choque, silêncio, oxigénio apenas.

A empregada do café deve ter reparado no meu estado e na estranha posição (em pé, encostada à parede, de costas) e berrou "Eu tenho aqui uma grávida, pá!", ao que o tonto responde "Uma rata?!", "Não, uma grávida. 'Tás parvo ou quê?! Sai daqui.". Ele lá foi... e eu consegui pedir 3 bolinhas.

Se eu pudesse, mandava prender o responsável pelo tonto e pela besta cadela. Mandava prender também quem não faz por que seja cumprida a lei que obriga a que os cães andem de trela e açaime. Mandava prender todas as pessoinhas que não limpam o cocó dos seus animais e mandava prender todos os idiotas que arranjam um cão só para enfeitar a varanda e depois não os passeiam, fazendo-os sofrer e obrigando a vizinhança a levar com o ladrar irritante dos fofinhos, dia e noite... e desculpem lá, mas levava todos os cães vadios não sei para onde. E mandava prender todas as pessoas que soltam os cães na praia e nos parques infantis... Ou então, ía só tratar-me. Isto deve ter cura.

06 April 2011

Just a Moment

Tinha de ir ao Centro Comercial Vasco da Gama fazer uma troca e não me apetecia nada... Lá puxei pelo saquinho da energia e fui. Valeu a pena. Não pela troca, não pelo passeio, não pelo Sundae de caramelo do Burger King (que não vale nada), não que tenha encontrado alguém que me interesse mas somente porque ouvi este diálogo numa loja de roupa:


Lojista (que por acaso até era a gerente da loja): Posso ajudar? Quer experimentar um destes vestidos?
Cliente (que por acaso até era daquelas tias de cabelo loiro e cheio de laca): Sim...
Lojista: Então, diga-me lá, que número é que veste?
Cliente: 42
Lojista: Olhe, é assim, digo-lhe já que eu não m'acredito nas suas mamocas dentro destes vestidinhos!
Cliente: ... (Silêncio prolongado e olhos esbugalhados)


Soltei uma gargalhadita e vim para casa. Por hoje, estou satisfeita. "Eu não m'acredito nas suas mamocas" é das melhores expressões que já ouvi.

... Olha, e ainda por cima encaixa perfeitamente no sentimento que tenho desde há uns meses sempre que olho para o espelho... É que eu própria não m'acredito nestas minhas novas mamocas!

01 April 2011

Simplify & Amplify

http://economia.publico.pt/Noticia/administrador-deixa-ctt-apos-suspeitas-sobre-falsificacao-de-curriculo_1487719

O caríssimo senhor administrador dos CTT achou que, com 8 anos de estudo, a coisa ficava resolvida e ele ficava com uma licenciatura completa. Isto independentemente do que tinha, efectivamente, realizado durante esses 8 anos de frequência universitária... "Epá, são 8 anos e muitas cadeiras feitas... Noves fora e o Tratado de Bolonha deve considerar isto no mínimo uma licenciatura.". CV actualizado, assunto arrumado.

Pois, eu cá estudei 6 anos na faculdade, sem nunca repetir cadeiras; até tive uma boa média... e dizem-me que sou licenciada... Hum, vou mas é actualizar o meu CV e espetar com um valente Mestrado a negrito. Venha o aumento! Viva a simplificação.