Acredito no meu Deus. Acredito que há uma força que rege a natureza e que impele o Homem. Acredito que há intermediários dessa força, agentes que inconscientemente fazem uso do seu corpo para agir sobre o rumo das pessoas e das coisas. E conheço um deles. Trato-o na terceira pessoa do singular e não sei quase nada sobre a sua vida. Mas foi ele que, por duas vezes, através das suas mãos e através da sua voz, mudou a minha vida. Foi ele que, por duas vezes, tocou o meu coração e me devolveu a felicidade. E das duas vezes, seguiu a sua vida, indiferente, sem sequer se aperceber de que mudara o meu mundo, sem sequer ter consciência do poder que tivera sobre a minha pequenez. Ele, um gigante, a caminhar, firme, sem olhar para trás, focado já no próximo compromisso. E eu, pequenina, com o coração recuperado, feliz, tocado por ele.
25 February 2013
21 February 2013
13 February 2013
The Search I
No seguimento disto, ontem ouvi uma menina dizer na rádio que tinha emigrado para o Brasil. Podíamos pensar que, em desespero de causa, tinha ido à procura de mais oportunidades num país em crescimento, podia pensar-se que voltava ao país das suas raízes, podia dizer-se que tinha optado por partir para um país com a mesma língua para facilitar a integração. Mas não, ela esclareceu que foi para o Brasil em busca da sua alma. Se calhar, a dita perdeu-se, enganou-se no caminho e foi atrás do samba e da água de côco. Uma alma original, há que dizer, numa altura em que todas tendem a ir para a Malásia, para a Índia ou para o Camboja.
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